Azul, verde, intenso, atlântico, suave, tempestuoso. Existe entre a Europa e as Américas.
Aí vou navegando, de mansinho, para não acordar as tempestades.
25 fevereiro 2008
Amigo
Precisava tanto que me dissesses quem sou.
3 comentários:
Anónimo
disse...
Apesar da amizade embrionária, e sendo difícil explicar o pleno significado de alguém, pela minha parte digo-te: És muito bonita, fascinante e naturalmente sedutora.
Recorre-se às palavras dos outros na falta de outras nossas. De qualquer forma adequam-se por inteiro à tua grandeza, na medida do possível.
Beijo grande
Retrato de mulher
Tem que ser à escolha. Tem de mudar para que mude. É fácil, impossível, difícil, vale a pena tentar. Olhos tem, se necessário, ora azuis, ora cinzentos, Negros, alegres, rasos de água sem motivo. Dorme com ele como qualquer uma, única no mundo. Dá-lhe quatro filhos, nenhum, um. Ingénua, mas a melhor a aconselhar. Frágil, mas carregará o fardo. Não tem a cabeça no lugar, mas há-de ter. Lê Jaspers e revistas femininas. Não sabe para que serve o parafuso, mas constrói uma ponte. Jovem, como sempre jovem, ainda jovem. Segura nas mãos um pardal com a asa partida, O seu próprio dinheiro para uma viagem longa e distante, O cutelo da carne, a compressa e um cálice de vodka. Para onde corre assim, não estará cansada? De maneira alguma, um pouco, muito, mas não importa. Ela ama-o, ou teima em amá-lo. Para o bem, para o mal e por amor de Deus.
3 comentários:
Apesar da amizade embrionária, e sendo difícil explicar o pleno significado de alguém, pela minha parte digo-te:
És muito bonita, fascinante e naturalmente sedutora.
Al
É dos teus olhos!
Mesmo assim obrigada. Fizeste-me rir.
Recorre-se às palavras dos outros na falta de outras nossas. De qualquer forma adequam-se por inteiro à tua grandeza, na medida do possível.
Beijo grande
Retrato de mulher
Tem que ser à escolha.
Tem de mudar para que mude.
É fácil, impossível, difícil, vale a pena tentar.
Olhos tem, se necessário, ora azuis, ora cinzentos,
Negros, alegres, rasos de água sem motivo.
Dorme com ele como qualquer uma, única no mundo.
Dá-lhe quatro filhos, nenhum, um.
Ingénua, mas a melhor a aconselhar.
Frágil, mas carregará o fardo.
Não tem a cabeça no lugar, mas há-de ter.
Lê Jaspers e revistas femininas.
Não sabe para que serve o parafuso, mas constrói uma ponte.
Jovem, como sempre jovem, ainda jovem.
Segura nas mãos um pardal com a asa partida,
O seu próprio dinheiro para uma viagem longa e distante,
O cutelo da carne, a compressa e um cálice de vodka.
Para onde corre assim, não estará cansada?
De maneira alguma, um pouco, muito, mas não importa.
Ela ama-o, ou teima em amá-lo.
Para o bem, para o mal e por amor de Deus.
Wisława Szimborska Grande número (1976)
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