07 julho 2008

Maumturk Mountains















Quando Fores Velha


Quando já fores velha, e grisalha, e com sono,
Pega este livro: junto ao fogo, a cabecear,
Lê com calma; e com os olhos de profundas sombras
Sonha, sonha com o teu antigo e suave olhar.

Muitos amaram-te horas de alegria e graça,
Com amor sincero ou falso amaram-te a beleza;
Só um, amando-te a alma peregrina em ti,
De teu rosto a mudar amou cada tristeza.

E curvando-te junto à grade incandescente,
Murmura com amargura como o amor fugiu
E caminhou montanha acima, a subir sempre,
E o rosto em multidão de estrelas encobriu.


(William Butler Yeats)

2 comentários:

Anónimo disse...

PARA UMA GRANDE CAMINHANTE, UMA HOMENAGEM À SUA VEIA INSULAR:
"Para o grande mar Brandão caminhou
"Onde Deus lhe disse que havia de entrar.
"Sem olhar atrás em busca dos seus
"Queria alcançar aquele lugar tão desejado.
"Seguiu em frente até ao sítio onde a terra acaba
"Sem nunca pensar em repousar.
"Chegou ao rochedo a que o povo deu nome
"E hoje é o Salto de São Brandão.
"Era um penedo grande e agreste,
"Morro escarpado pelo mar adentro.
"No sopé do morro havia um porto
"Por onde o mar recebia um rio"
(A VIAGEM DE SÃO BRANDÃO)

Anónimo disse...

Bem que suspeitava que a Ilha Esmeralda tem dos locais mais belos do mundo, paisagens fantásticas.
Esta imagem é muito bonita, parabéns.
Com a escolha deste poema ajudaste-me a compreender que estas ilhas verdes inspiraram os mais belos poemas.
Desconhecia este poema, obrigado.
Arranha! Aperta! Fere!
O mesmo sentir quando tenho a coragem de enfrentar: “Em busca do amor”, F. Espanca.
Caminhar murmurando: Montanha – Estrada;
Disse William – “Murmura com amargura como o amor fugiu”
Respondeu Florbela - “E eu paro a murmurar: Ninguém o viu! …”

O nativo da costa deste nestemar que sempre viveu junto a um pinheiro manso.
Alcino