Azul, verde, intenso, atlântico, suave, tempestuoso. Existe entre a Europa e as Américas.
Aí vou navegando, de mansinho, para não acordar as tempestades.
02 setembro 2008
Alentejo I: árvores em sangue
Algures entre Grândola e Alcácer do Sal a imensidão de sobreiros desnudados entram-nos pelos olhos dentro. Estão ali, vivos, mas depojados, jorrando sangue pelas feridas abertas.
1 comentário:
Anónimo
disse...
"Num meio-dia de fim de primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu. Era nosso de mais para fingir De segunda pessoa da trindade. No céu era tudo falso, tudo em desacordo Com flores e árvores e pedras. No céu tinha que estar sempre sério..."
(Alberto Caeiro, «O Oitavo Poema de "O Guardador de Rebanhos"»
1 comentário:
"Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu. Era nosso de mais para fingir
De segunda pessoa da trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério..."
(Alberto Caeiro, «O Oitavo Poema de "O Guardador de Rebanhos"»
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